Parente não é (sempre) família




As vezes eu preciso de papel e caneta para escrever determinados temas, determinadas histórias, porque é mais forte pensar com a caneta na mão, do que com o teclado que não responde de volta. Este é um desses temas que acabei pegando papel e caneta.

Vivi anos da minha vida pensando que eu devia tudo à minha família de sangue, que éramos obrigados uns aos outros. Respeito, cabeça baixa, silêncio em determinados momentos e aceitação, mesmo sem concordância, sendo tudo o que eles diziam uma verdade absoluta.

Depois de algum tempo fazendo terapia e do meu pai ter parado de conversar comigo, percebi que parentes são seres humanos que também cometem erros, inclusive na criação e que respeito é devido a quem te respeita de volta, não a todo e qualquer custo, não como um dever unilateral. E, por fim, medo e respeito são coisas completamente diferentes.

Aprendi, com pessoas que esbarraram em meu caminho, que família são aquelas pessoas que estão ao seu redor, sem pedir nada em troca, é quem te trata como igual e não exige nada em troca, nem mesmo o respeito, ele é entregue de graça de ambas as partes. São as poucas pessoas que, por uma mensagem, já entendem o seu estado de espírito e estão logo ali para ajudar.

Sabe o que mais?
Sangue serve para transfusão e o que cria família é muito maior do que isso.

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