o abraço do chester bennington




Hoje fazem três anos que o Chester se foi, mas eu gosto de me lembrar dele assim. Com esse sorriso, mesmo que, talvez, não seja genuíno. Quantas vezes já sorrimos para disfarçar a dor? Várias, né? Mas entre uma dor e outra, ainda há espaço para um refresco e é assim que vejo fotos como esta. Um pouco de resfresco na dor do Chester.

Me lembro que, enquanto não conseguia encontrar a psicóloga que me fizesse me abrir, confiar e ter empatia pelas minhas dores, era às músicas do Linkin Park que eu recorria. A música Heavy me tocava de um jeito... era como eu me sentia. Era tudo pesado demais e não era escolha minha, era - e ainda é - minha doença, minha depressão.

Eu fazia fisioterapia e, na volta, era um filme de todas as músicas do LP no ônibus. Não tenho a menor ideia de quantas vezes voltei chorando. De quão incompreendida me sentia por todos e de como a voz do Chester me abraçava.

É com muito carinho que me lembro dele, que ouço as músicas e me sinto confortada, mesmo não estando mais no olho do furacão da depressão. 

Digo a você, como alguém que tentou suicídio há um ano, que a vida é boa de viver. Mesmo estando em quarentena, é gratidão que eu sinto ao amanhecer. Eu sei que é difícil demais pensar que há algo além da sua dor, mas se você atravessá-la com ajuda profissional e de quem te ama, você vai encontrar alegria até no simples e diário céu azul.

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