Crise de ansiedade: caos de proporções gigantescas dentro de mim




Hoje eu tive uma crise de ansiedade.
Que ironia, não?
Logo após um post sobre dicas para lidar com a ansiedade, eu mergulhei nela novamente não me lembrei de nenhuma das dicas dadas pela Fernanda.

Senti que poderia implodir a qualquer momento. O resultado foi uma eu chorando nos braços do Rafa, e falando de todas as coisas que eu tinha que fazer. Há uma semana me sinto sobrecarregada. O álcool das duas últimas noites trouxeram um alívio momentâneo. Mas a minha queda já estava pronunciada há dias.

Novo emprego, a falta de certeza de continuar com a mesma psicóloga ou não - psicóloga que eu amei, mas que, talvez, a nova jornada de trabalho não me dê folga para conseguir continuar o tratamento com ela. Os planos de uma nova faculdade e toda a papelada, o aprender um novo caminho, o medo de não dar conta, mas a vontade gigantesca de fazer esse novo curso. A cirurgia da minha amiga. A casa um caos, porque não consigo me organizar e ter forças para arrumar tudo. O lixo a ser tirado. A roupa de cama a ser lavada. O guarda-roupa a ser arrumado....

Tudo parece tão pequeno e ridículo no papel, mas dentro de mim é um caos de proporções gigantescas. Eu só quero começar tudo logo, sabe? Talvez, quando eu começar a passar por essas novas missões, eu consiga chegar ao chefão e passar para a próxima fase, sem tantos medos, sem enxergar tudo como um borrão e perder a razão.

Há meses eu não tinha uma crise de ansiedade tão forte, que congelasse as minhas costas de tensão, que me fizesse falar descontroladamente e não pensar, só despejar. Que eu começasse a andar de um lado para outro até chorar nos braços do meu porto seguro. Eu pensei que havia superado a ansiedade. De todo coração. Inocentemente acreditei que ela não seria mais um problema, que seria "só" a depressão. Mas nada é tão simples assim, não é mesmo?

Minha mente não para por um segundo. Não tenho conseguido ler. Pego um livro e largo. Deito da cama e não levanto até o fim do dia. Nem o banho tem feito mais o efeito de me acordar para a realidade. Na verdade, o banho tem sido o lugar que eu mais tenho pensado. Para calar a minha mente, somente com fones de ouvido no último volume, e olhe lá. Porque agora estou ouvindo música no máximo, mas a minha mente está correndo com essas palavras pelos meus dedos.

Tomei alguns remédios reservas que o psiquiatra me receitou em caso de ansiedade, mas confesso que ainda não sinto seus efeitos. Talvez eu vá para o banho com uma caixinha de som no último volume, sente na banheira e lave meus cabelos, cantando a plenos pulmões, para que tudo saia de dentro de mim. Talvez funcione.

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