Grazielle Vieira

Psicanalista Especialista em Ansiedade e Depressão

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Caros leitores,

É com pesar que digo que muitos de nós chegamos a casa dos 30 com nada resolvido. Talvez nem tanto pesar assim, mas queria que você soubesse que está tudo bem se isso acontecer com você ou estiver acontecendo, porque quando digo que somos muitos, é porque somos muitos.

Na verdade, não sei se está tudo bem, mas sei que acontece - bastante, como fiz questão de frisar - e parece ser tão assustador atravessar a porta dos 29, que te dizer isso pode ser um acalento, caso você esteja chegando nessa fase. Se você ainda morar com seus pais ou em uma kitnet mobiliada em que os móveis não seus ou talvez divida aluguel com amigos ou more em um quarto de república, está tudo bem, você está dando seus passos na medida que você consegue.

Acredito fielmente (na verdade é meu namorado quem acredita e tenta me convencer) que ainda somos jovens e estamos com um bom tempo em nossa frente, tempo de corremos atrás dos nossos sonhos, de trabalharmos para a construção do nosso futuro. Aqui, eu realmente (eu mesma), acredito que os 30 são os novos 20.

Me pego pensando constantemente que com a minha idade, meus pais tinham dois filhos e casa própria, mobiliada, veículo na garagem e me sinto perdida de como vou fazer isso, por isso é tão assustador. Mas há tempo e os tempos são outros. Os tempos são mais difíceis, temos uma série de questões que talvez os meus e os seus pais não tiveram.

Nos meus dias mais otimistas, como hoje, eu penso que vai dar tempo, que haverá construção, que será até melhor, porque eu faço terapia, busco ser melhor. Então há esperança de construção ou, se você, como eu, está reconstruindo, com certeza haverá reconstrução e não há o que temer.

Hoje, com o apoio que eu tenho e com tudo que venho aprendendo, quero acreditar que estar na casa dos 30 não é assustador, apenas desafiador,
Acreditar que estamos no lugar de recuperar sonhos também,
Mesmo que isso esteja um pouco fora de moda aos 30.

Acreditar que há descobertas a serem feitas
E afirmar que está tudo bem não termos nossas vidas resolvidas aos 30 e que ainda há tempo para muito,
Para tudo o que você e eu quisermos.

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Dias atrás disse a uma pessoa próxima que estava me sentindo só, tomada por uma sensação de solidão — daquelas que parecem ecoar no peito, mesmo quando há vozes por perto. A resposta dela veio rápida:

- Besteira. É só aprender a gostar da sua própria companhia.

 

 

Respirei fundo e tentei explicar que o que ela estava descrevendo não era solidão — era solitude e que essas duas experiências são completamente diferentes.
Ela sorriu com ironia e disse:

- Essas coisas são bobagens inventadas por gente que pensa demais.

Mas será mesmo?

Do ponto de vista psicológico, a solidão e a solitude não apenas existem — como têm efeitos bem distintos sobre nossa saúde mental e emocional.

Solidão: a dor de não se sentir visto
A solidão é um sentimento profundo de desconexão.
É estar cercado por pessoas e ainda assim se sentir invisível.
É a ausência de vínculo emocional verdadeiro.
Ela dói.
E não porque estamos "fracos" ou "carentes", mas porque somos seres relacionais — precisamos do outro para existir simbolicamente.

A solidão, quando crônica, pode nos levar a sintomas de depressão, ansiedade e baixa autoestima.
Ela machuca, e o pior: muitas vezes vem acompanhada da culpa por se sentir assim.

Solitude: o encontro consigo
Já a solitude é diferente.
É o estar só, com paz.
Um espaço de silêncio e reconexão.
É quando escolhemos ficar conosco, e nesse ficar, encontramos presença, alívio, criação.
Solitude é autonomia emocional.
É autoconhecimento.

Enquanto a solidão isola, a solitude fortalece.

Conceitos que não são bobagens
Dizer que essa distinção é bobagem é invalidar vivências emocionais profundas.
É minimizar o sofrimento de quem sente dor por estar só, e desvalorizar o poder do silêncio curativo que o estar consigo pode trazer.

A psicologia existe justamente para nominar o que sentimos, dar linguagem àquilo que é muitas vezes confundido, negado ou silenciado.
Nomear o que sentimos é o primeiro passo para cuidar.

Se você tem sentido solidão, saiba: isso não é fraqueza.
É um pedido de conexão, de escuta, de acolhimento.
E se você está aprendendo a estar em solitude, que bom — porque esse é um caminho de reencontro com você.

Ambas são experiências humanas. O que muda é como nos atravessam — e o quanto nos permitimos compreender a diferença.

🌱 Se precisar de ajuda, não hesite em buscar. Falar sobre o que sente também é uma forma de se fortalecer. 💬💙

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Todo mundo já passou por alguma situação em que se sentiu rejeitado — seja por um amigo, na escola, no trabalho ou até dentro da própria família. Isso faz parte da vida. Mas quando o medo de ser rejeitado começa a aparecer o tempo todo, ele pode acabar atrapalhando muita coisa.

Às vezes, a gente faz de tudo pra agradar, evita dar opinião, ou se cala com medo de ser julgado. Em outros momentos, a vontade é de se afastar das pessoas antes que elas se afastem da gente. Tudo isso pode ser sinal de que o medo da rejeição está falando mais alto.

Esse medo pode influenciar as nossas escolhas, os nossos relacionamentos e até a forma como a gente se enxerga. Pode gerar ansiedade, insegurança e até fazer com que a gente deixe de viver oportunidades importantes por receio de não ser aceito.

É importante saber que você não está sozinho(a) e que sentir isso não é fraqueza — é humano. Mas também é possível aprender a lidar com esses sentimentos de um jeito mais leve e saudável. A terapia pode ajudar muito nesse processo, oferecendo um espaço seguro pra entender de onde vem esse medo e como ele afeta sua vida.

Aos poucos, você pode construir mais confiança em si mesmo(a), se expressar com mais liberdade e se relacionar de forma mais verdadeira. Cuidar da sua saúde emocional é um passo importante pra viver com mais leveza e autenticidade.

🌱 Se precisar de ajuda, não hesite em buscar. Falar sobre o que sente também é uma forma de se fortalecer. 💬💙

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Uma amiga, durante uma dessas conversas aleatórias sobre tudo e nada, me perguntou “será que eu preciso fazer terapia? como eu sei que eu preciso de terapia?”

É comum questionarmos se o que estamos sentindo é "suficiente" para buscar ajuda profissional. A psicanálise nos ensina que não existe um padrão ou régua para medir o sofrimento do outro. Cada indivíduo é único e tem suas próprias experiências e formas de lidar com as emoções. 

Tentarei ajudar você e a minha amiga a refletirem sobre os pontos abaixo para ajudar com essa pergunta. 

1. Escute suas emoções 
  • Você se sente triste, ansioso ou irritado com frequência? 
  • Seus sentimentos estão afetando sua vida pessoal, profissional ou social? Não minimize suas emoções, elas são importantes e podem indicar a necessidade de ajuda. 

 2. Observe seus comportamentos 
  • Você tem dificuldade para dormir, se alimentar ou se concentrar? 
  • Você se isolou de amigos e familiares? 
  • Você tem usado substâncias como álcool ou drogas para lidar com as emoções? Mudanças significativas nos seus comportamentos podem ser um sinal de alerta. 

3. Avalie seus relacionamentos 
  • Você tem tido conflitos frequentes com pessoas próximas? 
  • Você se sente incompreendido ou sozinho? Dificuldades nos relacionamentos podem ser um indicativo de que você precisa de ajuda para lidar com suas emoções. 

 4. Pense no seu histórico de vida 
  • Você passou por traumas ou situações difíceis no passado? 
  • Você tem padrões de pensamento ou comportamento que se repetem e te prejudicam? Experiências passadas podem influenciar a forma como você lida com as emoções no presente. 

 5. Não espere chegar ao limite 
  • A terapia pode ser útil mesmo que você não esteja em crise. 
  • Buscar ajuda profissional é um ato de coragem e autocuidado. 
  • Não precisa estar "muito mal" para procurar terapia. 

Lembre-se que a terapia é um espaço seguro para você falar sobre seus sentimentos, medos e angústias sem julgamento. Um profissional da saúde mental pode te ajudar a se conhecer melhor, a lidar com suas emoções de forma mais saudável e a ter uma vida mais leve e feliz. 

🌱  Se você ainda está em dúvida, converse com um profissional da saúde mental. Estou aqui para te acolher e caminhar com você.

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A depressão ainda é cercada por muitos mitos e desinformações, especialmente entre mulheres e adolescentes, que muitas vezes acabam se sentindo ainda mais isoladas e incompreendidas por conta dessas crenças equivocadas. A verdade é que, ao acreditarmos nesses mitos, colocamos obstáculos no caminho da compreensão, do acolhimento e principalmente da busca por ajuda profissional. 

Escrevi esse texto para te ajudar a identificar e desconstruir algumas dessas ideias equivocadas — e entender como elas podem ser prejudiciais para a saúde mental.

Mito 1: "Depressão é frescura ou falta de força de vontade." 
Essa é, infelizmente, uma das crenças mais comuns. A depressão não é fraqueza, nem preguiça. Ela é uma condição de saúde mental reconhecida pela medicina e pela psicologia, com causas biológicas, emocionais e sociais. Quando alguém está deprimido, não é uma questão de "só pensar positivo" ou "sair da cama com determinação". A negação do sofrimento torna ainda mais difícil para a pessoa pedir ajuda. 

Mito 2: "Adolescentes não têm motivo para estar deprimidos." 
A adolescência é uma fase de intensas transformações hormonais, emocionais e sociais. Dizer que adolescentes não podem ficar deprimidos invalida sentimentos legítimos e pode levar a um silêncio perigoso. Muitos jovens não procuram ajuda porque têm medo de não serem levados a sério. E isso precisa mudar. 

Mito 3: "Se está sorrindo, então não está deprimido." 
A depressão nem sempre tem "cara". Muitas mulheres e adolescentes conseguem manter uma aparência funcional — sorrindo, estudando, trabalhando — enquanto internamente estão lutando para simplesmente continuar. Isso é chamado de depressão sorridente, e é mais comum do que se imagina. 

Mito 4: "É só uma fase, logo passa." 
Frases como essa diminuem a dor real da pessoa. A depressão não é uma fase passageira como uma mudança de humor comum. Se não for tratada, pode se agravar e afetar diversas áreas da vida. Quanto antes o acolhimento e o acompanhamento acontecerem, maiores as chances de recuperação. 


Por que esses mitos são perigosos? 

Quando acreditamos nesses mitos: 
  • Normalizamos o sofrimento e o silenciamos; 
  • Impedimos que as pessoas busquem ajuda; 
  • Reforçamos o estigma sobre saúde mental; 
  • Enfraquecemos redes de apoio entre mães, filhas, amigas e irmãs. 

Acreditar em mitos perpetua o ciclo do silêncio e da dor. A informação é um dos caminhos mais poderosos para quebrar esse ciclo. 

Você não precisa enfrentar isso sozinha. 

Se você sente que algo não vai bem ou conhece alguém passando por isso, buscar ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza. A psicoterapia pode ser uma aliada poderosa no processo de autoconhecimento, acolhimento e superação da dor. 

👩‍⚕️ Sou Psicanalista Clínica especializada em ansiedade e depressão, e estou aqui para te acompanhar nesse caminho com escuta acolhedora, empatia e compromisso com a sua saúde mental.

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🌱 Você não precisa enfrentar isso sozinha. Estou aqui para te acolher e caminhar com você.
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Sobre Mim

Oie!, eu sou a Grazi — mineira de origem, mas carioca de coração. Sou Psicanalista e, há mais de 10 anos, dedico-me à escrita como forma de traduzir pensamentos, afetos e experiências. Criei este espaço para compartilhar reflexões sobre saúde mental com leveza, profundidade e humanidade. Acredito no poder da escuta, do acolhimento e na importância de olhar com cuidado para o que sentimos. Entre uma sessão e outra, você pode me encontrar por aqui, em algum cantinho tranquilo, acompanhada de um bom café ou de uma taça de Cabernet Sauvignon. Sinta-se abraçadx!

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